quinta-feira, outubro 13, 2005

“O” com o fundo do copo.

“Vem alguém à minha propriedade e fala: lá é muito pobre.Só tem algumas pedras,algumas árvores e algumas cabras.Ele não viu a minha propriedade. Aquilo era só o território.O principal estava invisível. ” (Saint Exupéry).

Dona Maria é uma mulher simples, criou sete filhos, trabalha duro na feira, dorme tarde e acorda bem cedinho. Não sabe escrever o “O” com o fundo do copo, mas, sabem de uma coisa? Ela adora ouvir falar da lua, gosta de ouvir música e para tudo o que está fazendo e ávida, com os olhos brilhando, pede pra lhe explicar o que é psicologia, filosofia, e tantas outras coisas mais. Gosta de rezar e não tem vergonha de se chamar Maria das Graças. Dona Maria talvez passe despercebida para a maioria das pessoas, pra mim não. Gosto de conversar com ela. Ela é sábia.

Amo escrever, sou iniciante ainda. Desde pequeno aprendi a fazer algumas escolhas e, entre tantas, a de ler com prazer. Leio de tudo um pouco desde os quatro anos de idade. Não sei muito de Filosofia, só gosto. Não sei muito de política, só gosto. Não sei muito de mulheres, só gosto. Não sei muito da arte da escrita, só gosto. Não sei muito de cs, só gosto. Não sei muito da vida, só gosto.

Talvez algum dia, eu que já aprendi desde criança a escrever o “O” sem precisar da ajuda de um fundo de copo, consiga ser sábio. Há muito caminho pela frente, eu sei! Mesmo assim, não vou pegar atalho pra ganhar corrida de ninguém, talvez criar caminhos alternativos possa fazer toda a diferença.

Ah! Já ia me esquecendo, não escolhi cs por causa das orelhas, nem do rabo. Acho que nem sei mais relinchar, esqueci. Amo cs, gosto dos meus amigos e ignoro o fato do rei estar nu. Se contar, como ele vai conseguir reinar?

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