A indiferença alheia tende ao infinito quanto seu desejo de permanecer vivo, pensante tende ao zero absoluto.
Mais um dia normal talvez um pouco agitado por causa de uma prova qualquer... Sentado pensando enquanto alunos alternavam seus pensamentos em torno de gabaritos fiquei contemplando a verdade absoluta da probabilidade infinita.
Como sou estúpido, do que me vale “cogito, ergo sum” se a existência por si define a solidão. Queria me tornar alienado as questões. Queria acreditar menos nas pessoas. Pensem, existem, escolham a alternativa certa e ignorem as pessoas, tratem-nas mal.
Douglas Adams, talvez sem intenção, criou para mim a única verdade absoluta. A probabilidade infinita. Também criou o sonho de todo mundo, em seu livro Guia do Mochileiro das Galáxias, uma máquina que trabalha a base de probabilidade infinita.
O que é a probabilidade infinita? É tudo aquilo que as chances para acontecer são de 1 para o infinito. Aquela esperança que jamais morre. A felicidade humana se define em probabilidade infinita. Pelo menos a minha sim. Da mais complexa felicidade a uma simples conversa amigável ao telefone: probabilidade infinita.
Confesso estar atordoado quanto a PI, os números são diferentes para cada pessoa. A probabilidade infinita pra mim é a probabilidade ½ para todos os outros habitantes. O que eu mais desejo e ao mesmo tempo o que mais se está distante é simples para todos os outros, e vice-versa. Fico abismado.
O pior de se trabalhar com a probabilidade infinita é que não somos capazes de acertar uma sequer. Todas as minhas tentativas caíram no infinito, isso é uma lei: as tentativas sem ajuda alheia tendem ao infinito.
A questão principal é: porque 1 em um infinito? Simples. A sua felicidade depende de fatores externos e não internos. E não me venham com baboseiras de PowerPoint dizendo que sua felicidade está no sorriso. Com todo respeito, se sorrir fosse sinônimo de alegria o coringa era o astro de Batman.
Sou pessimista, sou cético, mas ainda assim não desisto, em algum daqueles genes recessivos deve ter dado algum erro. Deve ter vindo um Azinho ou um Bzinho que da a função de pensar – saber - que não vai dar certo / não vai ser recíproco e mesmo assim você vai e tenta. Maldita biologia e todas as suas complacentes.
A probabilidade de que alguém leia este texto é de um para o infinito. Logo me declaro o Imperador do Blog solitário mais coerente e ilógico do Brasil.
A minha sombra que é a minha única companheira declaro regente dos comentários (0) e aos meus desejos que tendem ao infinito desejo a sorte de um dia serem premiados na probabilidade infinita. Se alguns dizem: Impossível não, improvável sim! Eu digo: Impossível e improvável tudo que eu queira, mesmo que seja apenas fazer a felicidade alheia sou alvo do julgamento e do preconceito de idéias. A famosa acepção de pessoas que me faz por mais de tudo, um solitário mochileiro das cidadelas e dos mundos imaginários que trabalham a base de minha probabilidade infinita.
Meu para sempre carinho, imitando o saudoso e inteligente professor que nos xinga diariamente,
Paulo André e A sua sombra.
Observação: Deletei o texto anterior, como era de se esperar, a pessoa começou a me tratar mal e eu fiz um texto apenas a elogiando, maldito mundo. Vou começar a escrever textos xingando, pelo menos o ódio é mais aceitável que a indiferença.
sexta-feira, novembro 18, 2005
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