sábado, agosto 26, 2006

O fim de A bela e a Fera.

O fim do Era uma vez

Estou para conhecer ser mais desastrado. Azarado. Definitivamente um cara com um só pé - esquerdo. Nessa última sexta-feira aonde o sucesso veio pela manhã e apegou-se a estupidez ao anoitecer, fiquei inerte aos meus próprios pensamentos – só poderia o ser, paralisado, sem reação, pensando na grande bobeira que acabara de fazer.

O Engraçado não é ser azarado, ou, ter um destino pessoal já traçado. Engraçado é você tentar mudar isso. É tão hipoteticamente previsível que chega a ser um atestado de ignorância permanecer no mesmo erro – o tal do filtro solar nos engana.

A maior qualidade do Azarado, não é sua ignorância, e sim, sua fama de prever com antecedência a maestria da jogada. É absurdo pensar, que 3 dias de antecedência, ele previu seu ato e a reação deste ato. E o maior defeito é acreditar que nem tudo é necessariamente o que ele tem certeza que seja, acreditar que nem tudo é tão previsível como ele imaginou ser, que ainda há esperança - eis o maior erro de nossas vidas.

O mundo dos injustos se faz de injustiça com os justos e justiça com os injustos. Imagino que para pelo menos uma vez o destino ser diferente, você precisa ser totalmente diferente e para pior. Nada vale ser o que se é, pois levamos na cabeça a conseqüência de não ser interessante em nenhum aspecto.

Não da para nadar contra a maré, a sina – o fado – o azar – o destino, o pior dos males.

Ainda bem que vamos começar um novo capitulo que possui o mesmo titulo, o mesmo fim em um contexto diferente.

Boa noite e boa sorte!


ps:Nesta história o autor não reserva o direito de prever a felicidade eterna.

terça-feira, agosto 22, 2006

A bela e a Fera.

Um texto assinado pela fera.

O absoluto compasso desenha traços ainda confusos e rabiscados por lindas e delicadas mãos.
Um sorriso contagioso nos incentiva á acreditar na ilusão daqueles círculos.
Quando o desenho toma forma - já amadurecida por tantos ensinos, tantos amores, tantos sorrisos – nos mostra algo completamente do que imaginei ser no inicio.

O desenho da bela para os olhos de uma fera, é possível existir algo a mais? A fera pensa que não, a nossa história só tem um lado; o lado do não. Rousseau disse que só o homem é susceptível de se tornar imbecil. Será que o imbecil é susceptível de se tornar homem?

Os olhos da fera enganam, mal sabem que dentro deles existem o sonho de muitas sobre a felicidade que pode ser encontrada ao se aliar a outrem.

A fera não consegue distinguir muito bem os traços, nem os desenhos, a fera mal consegue segurar em suas mãos aquelas finas linhas, tornando-se o motivo do riso. Envergonhando-se reclusa ao próprio casulo, lá onde pode se esconder do sol, onde se ouve apenas o vento gelado murmurando. É lá que a fera lembra do que aconteceu e, do que irá continuar a acontecer. Talvez falte apenas uma chance para que a fera mostre o seu interior.

Mas as feras assustam, as pessoas se sentem intimidadas. Têm medo. A fera enquanto longe, não próxima, é quase um lindo felino, quanto perto, todos repudiam a fera. A fera não tem como fingir que não vê por mais que seja fácil fugir da sua realidade.

Os olhos da fera tudo vêem. Tudo sentem. Tudo absorvem. Enquanto a fera sorri, os seus olhos não negam a verdade, a verdade que tudo não pode ser como deveria ser.

A fera é o fracasso dos grandes homens, ou, o sucesso dos piores.

Aos olhos da fera, A bela não ama os brutos, apenas os brutos amam as belas.

E qual é o final dessa história?

Enquanto a fera ainda suspeita de seu fim, talvez, já decretado pelas circunstâncias – enquanto esperamos o inevitável fim, que porquanto ainda é abstrato, esta fera, ainda pode sonhar com a bela.

From the beast, to the Beauty… “ubi societas, ibi jus”

\------/ Para os leitores que minha mente criará, agradeço por me visitar.

Abraços

Paulo André.