sábado, junho 03, 2006

Relatos de quando eu caí do céu.

Mais uma vez, como se fosse praga, a vida nos prega a mesma peça.
O mesmo conto do vigário, esse que não precisa inovar para continuar a enganar.

Prometo que nunca vou cair, mas sempre estou lá embaixo, caído.
Um anjo caiu do céu, caiu varias vezes, eu não sei mais, quantas vezes eu já cai.
Profissão ingrata, ser invisível na esperança de ser descoberto entre um gesto e outro.
Mais um anjo no mundo, com as asas cortadas, às vezes acredito que posso voar.
E me decepciono, me faltam as asas e a malicia de quando eu ainda era apenas um novato.
Mas asas são dadas para quem não sabe voar;
Ah se eu não soubesse voar, quão longe eu iria.

3 comentários:

Anônimo disse...

tá ae, mais um RELATO ROMANTICO

Anônimo disse...

tá ae, mais um RELATO ROMANTICO

Augusto disse...

Eu vim
Eu não nasci no começo desse século.
Eu nasci no plano do eterno.
Eu nasci de mil vidas superpostas.
Nasci de mil ternuras desdobradas.
Eu vim para conhecer o mal e o bem.
E para separar o mal e o bem.
Eu vim para amar e ser desamado.
Eu vim para ignorar os grandes e consolidar os pequenos.
Eu não vim construir a minha riqueza.
Não vim construir a minha própria riqueza.
Mas não vim para destruir a riqueza dos outros.
Eu vim para reprimir o choro formidável.
Esse choro formidável que as gerações anteriores me transmitiram.
Eu vim para experimentar a dúvida e a contradição.
E aprendi que é preciso idolatrar a dúvida.