terça-feira, janeiro 24, 2006

Pleonasmo é viver a vida.

Em um retrocesso intelectual, hoje acordei e presenciei minha presença (pleonasmo leitores que não sacaram) uns seis meses atrás. Certo, talvez incerto, lembrei de uma frase: o mundo da voltas.

Confesso, quando li este jargão maravilhoso e “pleonástico” entendi um sentido mais poético. Algo como, o que não deu certo hoje pra você, amanhã vai dar. O correto, e ai sim, aplicando todas as teorias criadas e as que ainda vão ser criadas definem esta frase como: o azar de ontem, o de hoje e o de amanhã irão permanecer. O mundo da voltas, porém, para sempre no mesmo lugar.

E avaliei os últimos 6 meses. E percebi que o ser humano é um macaco no Alaska. Ele sabe que precisa criar meios inteligentes pra continuar vivendo. Ainda mais, sabe que aquele não é seu lugar e conhece todas as filosofias sobre macacos que mudaram o gelo e transformaram no éden. Conhece histórias de macacos que desbravaram todos os flocos de neve. E obviamente, pois não gosto dessa onda de otimismo pseudo-intelectual, macacos que se ferraram. Daí Vaualá ele começa a viver, aprende técnicas de sobrevivência. Algumas criativas, outras tão estúpidas quanto querer fazer fogo raspando um gelo no outro. E assim o macaco no Alaska vai vivendo, achando que está vivendo sua vida, fazendo coisas que façam valer sua medíocre vida de macaco. Mas ai que está o problema. Quando você vive sua vida, você vive o ontem.

O humano, esse ser repugnante que acredita que a Xuxa é virgem, não que ela não seja longe de mim esse negócio de questionar a virgindade de uma apresentadora de programa infantil. Ele tem por hábito viver o ontem. Acredita que a fórmula de ontem vai continuar dando certo. E Vualá (to gostando dessa palavra) descobre novos fracassos, e não entende como aconteceu. As fórmulas de ontem, trazem em suas anotações dados errados que fazem você tropeçar.

Hoje eu acordei com uma vontade de não abrir os olhos. Hoje eu acordei questionando a Deus, ao sistema e aos pássaros que me enchiam o saco com aquelas cantigas “vou acabar com seu sono verme maldito”. E vivi minha vida, minha vida de ontem. Como você leitor que perde minutos me lendo. E não sei como resolver isso.

Não sei como o macaco faz pra sair do Alaska. Não sei como faço pra me libertar da minha prisão “pseu-domiciliar”. Talvez eu seja o exemplo perfeito de pleonasmo. Pelo menos, os anais (não os da xuxa leitor malicioso) irão me registrar como um perfeito macaco no gelo a espera de um titanic afundar pra salvar alguém e assim partirei pro zoológico do infinito deixando um macaco no meu lugar. Alguém precisa experimentar esta vida no gelo, pois imbecil é aquele que se ferra na neve e avisa pro outro: olha tem neve ali. O mundo é dos espertos, e a neve é dos macacos.

de um attention whore qualquer chamado paulo andré.

2 comentários:

Anônimo disse...

Attention whore. heheh. where do you learn these things??!

Anônimo disse...

Oi. só pra dizer vou começar a ler seu blog... é divertido ver pessoas pensando e escrevendo.
Num intendo algumas coisas, mas isso q é massa. Poder ver algo diferente, difícil. Naum como vou enfrentar esse ano. a msm coisa, a msm física e matemática.... ferramentas que só servem pra nos transformar em computadores, calculadoras. Sério, será q td isso terá função pós vestibular?