sábado, novembro 12, 2005

Astrubilis e sua pseudo-prisão.

Astrubilis era um cara curioso. Com 1m e 84 cm de altura, cabelos pretos, olhos negros, um rosto simpático, de larga estatura. Era inteligente, sabia o que fazer, sabia o que pensar.

Gostava de inventar, entenda-se por inventar apenas a idéia, pois a criação era um trabalho do qual não queria se apoderar. Astrubilis, um pré-universitário de Incredible Land, conhecia o mundo. Não era louco, gostava de brincar com as palavras. Todo dia sentava, entre as 2 e as 5 para escrever um texto. E sempre procurava uma maneira de encaixar uma mensagem oculta em seu texto. Tendo certeza que essa mensagem jamais seria descoberta. Afinal, só uma pessoa sabe decifrar o seu própio nome não é mesmo? Podendo ele ser escrito de diversas maneiras, e isso Astrubilis sabia bem.

Astrubilis era um cara que tinha muitos sonhos, sabia contemplar a vida, sabia raciocinar a vida, conhecia todos os ângulos do dia. Pura teoria, sabia que podia, sabia que talvez conseguiria. Mas era um cara que desenvolveu sua mente como um freio. Se brotasse uma vontade de dizer algo além do permitido, a mente o barrava. O aprisionava. Criou-se uma prisão "pseu-domiciliar". E como um bom preso, sempre tentava fugir, geralmente sem sucesso. Sabendo que sua forma de manifestação mais clara seriam as palavras. Palavras que para poucos fazem sentidos, uma liberdade da alma, para aqueles que a admiram.

Era triste, criar-se tanto, e não saber utilizar. Hoje poderia ser um grande dia. Um dia especial, um dia feliz. Poderia ele contemplar a razão de viver a outro ser. Poderia aliar-se a outrem. Mas ai que vem os problemas. Mente infeliz, o aprisiona. Um grito de liberdade de astrubilis da para se ouvir entrelinhas.

Astrubilis, falava, exercitava suas cordas vocais, pensava, e ninguém o escutava. Chegou a pensar ser a morte uma solução. Desistiu, disse que se for pra morrer que seja tentando lutando, jamais será dito por vencido. Não ira deixar que sua mente o impossibilite de viver. Estar enjaulado mesmo que mentalmente não era motivo para deixar seus anseios de lado.

Astrubilis tinha alguns exercícios diários para esquecer tais sentimentos. Era um cara descolado, simpático. Sabia rir, sabia fazer rir, sabia sorrir, sabia fazer sorrir. Era algo do que se ama, o ama se odeia, o odeia. As vezes esses sentimentos eram intercalados, pessoas que o odiavam já o amam, e assim por diante.

Astrubilis o astro sem brilho, a palavra sem o verso, a rima sem sentido. O conhecimento sem difusão, a verdade sem ilustração, o amor sem coração. É astrubilis, não sei o seu fim e nem o desejo saber. Só sei que por minha descrição, me descrevo, que com suas palavras o faço e me desfaço, despejo palavras a esmo, sem desejo de propagação.

Um abraço astrubilis, lhe desejo o sucesso, se o desejar faz real, devo ser bem sucedido.

Criado por Paulo André, incrivelmente o dono deste incrivel blog que ninguém lê!

2 comentários:

Anônimo disse...

hum

Anônimo disse...

Sou o Astrubilis!!!